sexta-feira, 28 de março de 2008

Utopia X Matter - India 2006

Mobility has guided my artistic path. The concept of moving my workspace and thus getting to find and work with different materials and people, is the guiding line of my work. In Summer of2006 I stayed in Nellikuppam, in Tamil Nadu, South India. As I see it, in a way my work there was a turning point as far as I understand the concept of artistic settlement. The project was called “Utopia x Matter”, and focused on the duality of explosive physical material manifestations and the deep sense of spirituality felt all around in every little thing. All pieces resulting from this project were conceived exclusively with local materials, like religious pigments, handmade paint, artisan paper, etc. I believe this apparent difficulty to work with materials that are strange to my background is absorbed in such a way that enables an important process of constant learning and improving for me, as I adapt to my individual artistic context whole new ways of working and achieving my purposes aesthetically.

Jorge Cruz 2007

Ecce Elefant


Ecce Homo


Ecce Infant


Ecce Buda


Ecce Maria


Common Festival


Common Indu


s/titulo


s/titulo

Distant North


Tamil Lesson


sacred utero

Mother of Auroville

Elefante

Panel Globes





domingo, 23 de setembro de 2007

Trabalho 2 त्रबल्हो३ २











work in progress
वर्क इन प्रोग्रेस
(montagem da moldura em Pondycherry)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Pós-produção पोस प्रोदु





A pós-produção foi composta de duas fases: emolduramento e transporte.

Todas as obras foram emolduradas em Pondycherry com caixilhos locais e artesanais.
O custo deste processo foi de aproximadamente 200 Euros.

O transporte ficou a cargo da empresa “Goods India Export”, sediada em Pondycherry, por ter sido a que mais confiança me inspirou em termos de segurança exigida no processo de transporte.

As 37 telas foram embaladas e posteriormente acondicionadas em 5 caixotes de madeira que saíram do porto de Chennai a 26 de Setembro de 2006, com chegada prevista a Portugal no dia 31 de Outubro de 2006.
O transporte das obras teve um custo de 19.620 rupias, aproximadamente 490 Euros.
Não foi feito seguro de transporte.

Meio de transporte मियो ट्रांस्पोरते



Esta era a mota que utilizava para ir buscar tintas a Pondycherry.
Aquela foi uma queimadura grave que estava a ver que não cicatrizava, com toda aquela humidade e pó. Foi feita no tubo de escape da mota...principiante...

Utensílios:Estampas para Henna talhadas a madeira उतेंसिलिओस एस्ताम्पस ताल्हादास मडिरा




Estampas de madeira que funcionam como carimbos artesanais, utilizados frequentemente nas pinturas com Henna, esculpidas em alto-relevo.

Utilizam temas frequentemente religiosos ou ligados à simbologia popular.

Estas estampas são disseminadas por toda a Índia, mas são tradicionalmente trazidas por gentes do norte do país.
Normalmente não se encontram à venda – consegui reunir algumas estampas através de mulheres do Rajastão que se ocupavam a pintar (estampar) desenhos com Henna na pele dos turistas.

Auroville e a alteração do local de residência औरोविले ए अल्तेर दो लोकल रेसिदेंचिया



Auroville é um método como qualquer outro de colonização...

A ideia inicial desta residência centrou-se precisamente no tema da Utopia versus Matéria.

Matéria porque o verdadeiro entusiasmo do meu trabalho sempre foi a diversidade de materiais e dos seus comportamentos em diversos suportes, a alquimia e a fisicalidade da obra plástica.
Utopia porque a entidade acolhedora inicial, a cidade de Auroville, tem como sistema organizacional um modelo único, com uma matriz completamente utópica nos seus princípios e objectivos, até na metafísica que supostamente defende, um ideal de unificação humana.

O modelo de residência artística que sigo tem como principal característica a aproximação aos materiais locais dentro de condições de trabalho minimamente exigíveis.
Julguei, com base no conhecimento que tinha, que o ambiente criado num local único como Auroville e o convívio com outros artistas iriam ser factores preponderantes na boa condução da minha residência artística.

A realidade revelou-se outra. A quebra dos pressupostos iniciais, a falta de condições mínimas de trabalho e o ambiente não favorável à criação artística, tal como eu a concebo, levou-me a repensar todo o projecto de residência e reinstalar-me procurando assim diferentes parceiros do que anteriormente previsto, e a refazer em parte o tema mestre deste projecto de residência.

Outra grande razão para o meu abandono de Auroville foi o facto de não existir a coabitação com outros artistas de outras partes do mundo, como estava anteriormente programado. Esses artistas estavam dispersos em várias partes do país, não trabalhando juntos naquela residência ao mesmo tempo.

A partir daqui continuei sozinho na busca de condições mínimas de trabalho, e o trabalho conjunto com outros artistas aconteceu somente com artistas locais e artesãos.

Esta alteração foi transformada numa vantagem e não num problema; as situações adversas e imprevistas tal como a tentativa e o erro na minha própria pintura são integradas e aceites como possibilidades enriquecedoras – também isto faz parte da minha concepção de residência artística.

A imprevisibilidade inerente a este modelo de residência é assim uma das bases em que assenta a minha motivação além, claro, da mobilidade e da interacção que ela proporciona no que toca à absorção de materiais, utensílios e técnicas nativas, caracterizadoras de um povo, seita ou grupo de pessoas.